quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

A reserva técnica de um Museu e sua importância para as cidades - Que venha a de Itaituba!!!



 “Um mau restaurador pode destruir uma obra e um mau conservador pode destruir uma coleção inteira.” Esta frase é muito impactante, mostra a responsabilidade do profissional da área diante da preservação do patrimônio. As questões que esta afirmação coloca confirmam a importância da conservação preventiva.   Güths (2007, p. 27 apud Thomson)

Partindo-se do principio que tendo uma reserva técnica regularizada junto ao IPHAN, pode finalmente ter inúmeros benefícios advindos a partir daí, convém fortalecer os esforços pra que por fim, aos 163 anos, nossa cidade possa escrever mais este capítulo vitorioso de sua história cultural e preservação de sua memória.  Essa gestão não tem medido esforços através da professora Regina Lucirene e sua equipe, para concretizar este sonho e atender a essa demanda que é enorme na estruturação do Museu Municipal. Mesmo assim, o grande passo para essa conquista ainda não aconteceu.

Mostra a literatura disponível na academia e na internet que "a reserva técnica constitui um espaço que segue diversas regras de adequação de mobiliário e de acondicionamentos, de controle ambiental e de pragas, de localização de todos os itens e de segurança.  Manter todas essas condições necessárias para a salvaguarda do acervo torna-se um dos maiores desafios dos museus, exigindo atenção e esforços diários, não só dos conservadores e dos documentalistas, mas também de outras áreas da instituição como, por exemplo, infraestrutura, segurança, limpeza e gestores, o que torna a Conservação Preventiva interdisciplinar". Essa manutenção torna-se um enorme desafio da Instituição que exige uma vigilância permanente em termos de documentais e  conservacionais, bem como (e especialmente), segurança, infraestrutura, limpeza e de gestão, essa situação torna a CONSERVAÇÃO PREVENTIVA interdisciplinar. 

Hoje Itaituba ainda está prejudicada pela falta deste espaço. Nossos fósseis e artefatos históricos ainda saem com frequência para outras cidades como Belém, Brasília e Marabá nos deixando um vazio enorme quanto à um precioso material de pesquisa que deveria estar disponível aos interessados que visitam ou moram em nossa cidade. Desde 2001 quando houve a descoberta dos fósseis da preguiça gigante, até este ano mesmo com a descoberta de um sitio arqueológico no porto da Petróleo Sabbá na localidade próxima conhecida como Nova Vida, nosso município deveria já ter esse espaço de memória, identidade e historicidade. A reserva técnica além de se tornar também mais um espaço de visitação e pesquisa com o devido monitoramento para isso, deve funcionar como lugar que garante as condições climáticas de guarda e conservação das obras de arte  do acervo fora de exibição. Quando a Reserva Técnica garante a conservação do acervo do museu, ela também garante o acesso ao público aos objetos do acervo, permitindo que os objetos sejam expostos quando possível.
Por fim, para quem só se convence que a situação é boa para a cidade quando lhe traz beneficios econômicos, cabe registrar e enfatizar aqui que uma vez  implementando este espaço de forma absolutamente regularizada de acordo com o que exige o IPHAN, teremos condições de cobrar de 5% a 10% dos trabalhos de arqueologia mantendo este  material na salvaguarda do museu e permitindo assim, ter uma rentabilidade própria para o museu.






Texto e edição geral por Fátima do Socorro Gomes Costa - Turismóloga atuante no Museu  desde Setembro 2019 


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